A Origem

21/08/2010

Inception, 2010 – Direção: Christopher Nolan – Elenco: Leonardo DiCaprio,Ellen Page,Joseph Gordon-Levitt

Inception já nasce grande, com seu trailer assistido e amado por milhões de pessoas a coisa já preparava seu terreno para se mostrar algo enorme. Nolan é um cara que vinha de filmes grandiosos em sua visão para as telonas, os dois Batmans e O Grande Truque são obras que podem nãos er amadas por todos, mas já começam em um formato grandioso. O filmar em IMAX deixa os filmes do diretor já grandes, e o modo com que ele filma só tem determinado o tamanho que suas obras pretendem alcançar. E o grande, na maioria das vezes não fica por conta dos temas, mas sim por conta de “como” os temas são mostrados, de como os personagens são retratados, de como o ápice chega, o “como” mostrar de Nolan transforma suas obras em coisas grandes em tamanho, literalmente. E com Inception é desde já, o filme mais grande do “homem” em tudo, dos cenários à fotografia, da abordagem ao tema ao ápice final, tudo aqui é maior que em todos os filmes do Nolan, e muitos podem não gostar, mas como Inglorious Basterds, essa é a obra prima do Nolan. Porque como o filme do Tarantino? Porque muitos não acharam o melhor filme dele, mas a maioria concordava que em termos cinematográficos, era seu melhor filme. O mesmo acontece com Nolan e Inception, muitos detestam e muitos adoram, mas eu vejo que até hoje a maioria acha que este é o seu melhor filme, inclusive eu.

O filme tem uma plot simples, mas que é tratada de modo mais atencioso e não muito complexo, por parte de Nolan. Ele volta todas as suas atenções para a plot, tanto que introduz a personagem de Ellen Page, que com suas eternas pernas tortas e ar “Juniano” conduz o filme boa parte para nós da cadeira, e ninguém mais, e isso é claro e proposital. E o filme tem três partes claras e definidíssimas: A apresentação e explicação do que é, A chegada e o começo do ápice, e o ápice ou The Prestige,se preferir. E em meio a isso somos jogados a uma trama que envolve sonhos e que se constrói sem menção ou pretensão de ser algo maior do que tudo, mas que como já citado, já nasce grande. Só pra não deixar vago, atrama se desenvolve em cima de um grupo de personagens que trabalham no mundo dos sonhos, como uma espécie de mercenários do sono, onde roubam informações preciosas de pessoas importantes e as vendem para possíveis interessados. No caso do filme, a trama se desenvolve em cima da “inception”, que é a inserção de uma memória dentro do sonho e não a extração de uma. Mas para que isso ocorra, há todo um trabalho significativo, um tremendo projeto mesmo, que precisa de um arquiteto, um bandido, o acionista e o caramba. Mas temos diversas subtramas que ajudam o filme a se movimentar de forma menos fria (coisa que Nolan sempre foi). Então entram alguns temas batidos e outros até que legais. O mais batido e que acaba sendo o principal, é a a busca de um pai por sua família e que só pode se concretizar após a missão estar comprida, e ser clichê aqui, não necessariamente engloba ser ruim, pois como já disse, a atenção de Nolan em cima de sua história é tão significativa que nada fica ruim, principalmente o filme em si, já que é todo espelhado em outros filmes e livros, mas que por ser tão bem produzido acaba tendo sua carga inovadora, não em termos cinematográficos, mas narrativos em blockbusters. Nolan é e sempre será um filho da puta dum montador maravilhoso. Memento não nega isso, nem os Batmans, ou Prestige, todos são filmes onde, se a trama não prende,a narrativa faz esse papel. Mas em Inception o que prende é o paraíso visual, o desenrolar da trama e seus ápices.

A misé-en-scene de Nolan, claramente inspirada em seu próprio filme antecessor, The Dark Knigth, chega a ser mais eficiente aqui, na verdade é e muito mais eficiente que a do outro filme quando chegamos aos momentos finais, onde aqui tudo tende a crescer e se tornar maior e mais cativante, coisa que faz lembrar que no filme do batman não acontece,os momentos finais da obra chegam a ser chatos e se perdem sem ápice, ápice esse que acontece, deveras, em todas as cenas que o Coringa dá as caras. Já em Inception, os ápices não existem, apenas o ápice, e isso tudo é evidenciado pela trilha contínua de Hanz Zimmer, que não funciona como score para ser ouvido separadamente, mas que na timeline do filme se encaixa perfeitamente fazendo apenas um fundo continuo e sem ápices, guardando esses para os momentos grandes que estão destinados para o final do filme.

E o final vem acompanhado de tantas coisas belas e grandiosas, cinematograficamente falando, que eu babei, não sei você, mas eu babei pra caralho. O uso já tão falado da câmera super ultra mega blaster lenta no filme é um achado fantástico ainda mais quando envolve o tema discutido: sonhos. Sem contar na cena mais bestmotherfucker da década, onde um carainha magricela bate numa porrada de “agentes” em plena gravidade zero e faz todo tipo de cena de ação parecer brincadeira. (exagero de minha parte,mas é a cena mais foda que vi em 10 anos!)

E o filme se torna a obra-prima de um diretor que começou no anonimato (Following e Memento) e partiu para ser o grande salvador do cinema “quarteirão” de qualidade, acho que não vejo blockbusters tão bons desde Tubarão! E Inception será bem melhor definido por você, quem assiste é que deve saber oq ue entendeu, por siso não quis explicar nada, o melhor é ver, se não entendeu, rever, mas como eu mesmo defino o filme, “não é difícil de entender,só não é simples”.

5/5

de Igor Frederico

Ilha do Medo

15/06/2010

Shutter Island, 2010 – Direção: Martin Scorsese – Elenco: Leonardo DiCaprio,Ben Kingsley,Michelle Williams

E Scorcese retorna após ter ganhado muitos prêmios com seu “Os Infiltrados” e blá blá. Foda-se introduções batidas, tudo que chega com algo novo de Scorcese devia ser foda como tudo de novo que ele faz. Lógico que eu não vou conseguir nem ter 1% da fodância do cara, mas começar com introduções e bate-bocas chamatrizes só pro pessoal ler meu texto é perda de tempo, porque aprendo com o próprio Scorça, que ser você mesmo é o que vale, nem que você tenha resquícios de outros em cima de ti – o que é muito compreensivo e é uma lei também – o importante é sair mostrando do que você é capaz de fazer, mesmo em um mundo onde os jovens não têm nível intelectual e os mais velhos não sabem o que é política.

Então deixando a palhaçada a cima de lado, temos Shutter Island, só um dos suspenses mais legais dos últimos tempos, dirigido pelo nada misterioso Scorcese, que sempre teve papel importante para o cinema tanto setentista revolucionário, como mundial e cult. O filme começa com uma mise en scene perfeita que será muito respeitada até a última cena, tendo apenas momentos de tensão maiores que outros, sendo cada um deles necessário e a seu tempo. E como qualquer um sabe, e deve, saber, mise en scene é o conjunto de artifícios contidos no filme que possibilitam por meio fácil, uma maior incursão dentro do filme e que seja difícil de retirar o espectador, após o começo do filme. Detalhe, o Scorcese faz isso desde a primeira neblina do filme, mas não comecemos a conceituar elementos cinematográficos e partamos para os melhores detalhes da obra.

A trilha sonora chega rasgando com violinos e celos violentos, como a retratação que Scorcese quer a violência pura, mesmo que maluca, a mais pura de todas, a que vem do ser natural. Shutter Island começa como um palco macabro e misterioso e encerra como um lar compreensivo e controverso. Os personagens têm muitos nomes, e a cada nova inspiração mais nomes, é difícil de acompanhar, mas é necessário, se não quiser se perder. Mas o propósito maior é esse: te deixar perdido. Se perca, pense, tente deduzir o que acontecerá, uma hora, durante a metade do filme você vai conseguir acertar o final, mas vai ficar em dúvida, e vai pensar em outros finais, mas vai esquecer de pensar conforme o meio do filme passa e dai pra frente você vai querer parar de deduzir fins e tentar entender o que ocorre no meio. Pois continue tentando, não será o bastante, pois em cima de um roteiro previsível e de fácil a cesso, Martin monta um de seus maiores quebra-cabeças mentais e brinca tanto com Leonardo Di Caprio como conosco.

Mas o filme não é só loucura, é violência, como já dito, e caros amigos, é a velha violência explicitamente colhuda Scorcesiana, onde nos remete não só a clássicos como Taxi Driver e Touro indomável, mas até filmes do Ferrara! Tamanha a coragem do baixinho de óculos em violentar nossos olhos com imagens puramente frias em plenos 2010, ano do terceiro filme da saga Crepúsculo. Enfim, só vou dar uma dica pra quem for ver, os momentos em que Di Caprio entra no pavilhão “C” são alguma das coisas mais arrepiantes dos anos passados, até por que, as cenas seguintes já vêm de uma série perfeita de decupagem e tratamento, onde, ao chegarmos a “Ala C” não só já estamos arrepiados, como tentamos prever o que vai acontecer pra nos prepararmos pra não levar sustos muito grandes. Mas ai que todos se enganam e saem perdendo, Scorcese te faz prever o filme todo, sabe como é o público de 2010, um público que acha q ser critico é prever cenas e por isso sai prevendo tudo até acertar, e ao esperar sustos o que o cara sentado na poltrona, sofá,etc. vê, são cenas fortes, que não assustam, mas traumatizam.

No fim das coisas o previsível se torna num clímax a moda antiga que eu não via a algum tempo, mas que não consegue deixar este sendo o melhor Scorça dos anos 2000. Mas a coragem e habilidade de um velhinho colhudo que nunca decepcionou (tá, nunca vi Kundun) transformam um filme que podia facilmente se tornar descartável em algo único, não tão forte, mas único. E cara, classificar ou resumir um filme de Scorcese não tem como, o jeito é responder quando perguntarem “é sobre o quê?”, um grande “É do Scorcese”. Ponto final.

4.5/5

de Igor Frederico

Alice in Wonderland, 2010 – Direção: Tim Burton – Elenco:Johnny Depp,Helena Bonham Carter,Alan Rickman

É amigos, é triste para um fã de Buton dizer que este conseguiu produzir sua pior obra em um nível tão cruel de ruindade que chega a doer só de lembrar dela para escrever este texto.

O filme chega com uma premissa totalmente diferente da original, que fora mantida pela Disney ao levar as telas o clássico, fabuloso e muito bem adaptado filme sobre a menininha Alice. E Burton (ou seriam os produtores?) muda tudo, chuta o pau da barraca, inventa gente, peida na cara do Lewis Carroll e, ao invés de mostrar que tudo poderia dar certo, de alguma forma, ele consegue só mostrar que fez merda a todos os momentos, a começar pela “nova” história, que em seu todo consegue ser a coisa mais clichê que Burton já dirigiu na vida (ainda não vi Planeta dos Macacos, mas acho que este aqui deve ser pior).

A história do “novo” Alice trata de uma menina que esta perdida, desce a um mundo “mágico” e lá descobre que é a “escolhida” para salvar o tal mundo das garras de uma vilã diabólica que é cabeçuda e desconta esse fato em todos que estão a sua volta. No decorrer da história, a adolescente nega que é a escolhida e só aceita o fardo nos momentos antecedentes a “grande batalha”, onde lá, ela mata um dragão malvado, sem nunca ter lutado na vida e salva “wonderland” das garras da vilã maléfica, que tende a ir para um castigo pior do que a morte. Ao fim da jornada, a jovem “acorda” totalmente nova e pronta para ser a melhor filha que o planeta já viu.

Nada mais a declarar.

1/5

de Igor Frederico

Kick-ass

15/05/2010

Kick-ass, 2010 – Direção: Matthew Vaughn – Elenco: Nicolas Cage,Chloe Moretz,Mark Strong.

E depois de ler HQ e ela ser uma das melhores coisas do mundo a espera pelo filme já estava angustiante e enfim acabei vendo e descobrindo que a película é tão foda quanto a HQ. Pra começar não discute nada e só mostra violência e pronto. Ta, pode vir a debater como o nerd age em sociedade e tudo mais, mas isso é mérito da HQ e não do cinema, mas sei que mesmo que muito fiel ao quadrinho, Kick Ass, o filme acabou sendo algo que não via a muito tempo: filme pra macho sem frescura com muito sangue e nada para ser visto por gente conservadoras.

A coisa é idêntica a Graphic Novel de Mark Millar e Romita Jr., menos as partes que realmente foram modificadas para fazer sentido no contexto audiovisual, e que, sim, deram muito certo. E a violência é tão espantosa que mesmo tendo lido a historia antes, me espantei com a coragem dos envolvidos no projeto de socar violência na cara de todo mundo sem se preocupar em debater se ela é má ou ruim, mas apenas veiculando ela como simples meio de diversão.

E Kick Ass é isso e mais nada, uma versão muito bem adaptada de uma obra prima que mostra como o cinema ainda pode ser salva, nem que seja com um filme trash e violento ate a alma.


4/5


de Igor Frederico

E sim, após Oracular Spectacular eu fiquei gamadão com a banda, me apaixonei pela obra-prima que foi o cd, e não podia esperar mais para ouvi o lançamento deles no ano (o que eu mais esperava até). Bom, pode ter faixas perfeitas, sim, como a que dá título ao álbum, mas como um todo decepcionou de mais, não tem quase nenhuma canção eterna como as de Oracular, e decepciona em muitos aspectos, mas continua com um nível bom, não fez a banda piorar, mas também mostrou que evoluir ela não evoluiu.

3/5

de Igor Frederico

…depois de duas obras primas o Gorillaz consegue dar uma grande cagada, ao exagerar no número de rappers nas musicas (basicamente,cada faixa tem um) e transforma todo o novo disco em uma maluquice de hip hop um pouco mais engajada em experimentalismo ao estilo da banda. Só que não dá pra aproveitar quase nada do disco, fora algumas faixas realmente boas como a própria “Welcome to the World of the Plastic Beach” que contém um rapper (Snoopy dog arregaça nessa) ou como “Rhinestone Eyes” que mostra o lado que eu esprava que todo o álbum fosse, mais gorillaz experimentando com algumas misturasde black, indie, pop, electro, etc. Mas tudo não passa de bobeira pra ser ouvido apenas uma vez.

de Igor Frederico

Guerra ao Terror

28/02/2010

The Hurt Locker,2008 – Direção: Kathryn Bigelow – Elenco: Jeremy Renner,Ralph Fiennes,Guy Pearce.

Que agonia! Se o filme mais falado do ano (acho que só perde pra Avatar, mas ai é sacanagem né?) deveria ser começado com outras palavras se tivesse conseguido causar tudo que tentou e transformou em nada, ou seja, deveria começar com um “Que tensão!”. E pode até ter uma ambiguidade no “agonia”, ou até uma similaridade com “tensão”, mas vai por mim, o “agonia” ai do começo é puro e unicamente no sentido da tortura.

O filme da falada, poderosa e provável vencedora do Oscar 2010, Kathryn Bigelow, não serve de nada, a não ser alguns momentos que dariam orgulho ao mestre do melodrama forçado, Spilba ou o belo final simples e bonito (até o retorno do soldado ao campo de batalha com uma música “avatarenha e um “quero ser cool” insuportável por parte da cena ou do fim como um todo). Todos os rumores de ser uma obra-prima, de fatos se concretizaram como rumores, na medida que o tempo de filme foi passando e eu foi ficando entediado. E por mais que seja um filme de guerra, com explosões, uma possível “tensão” e tiros bem altos, tudo entedia e enjoa, na medida que a decupagem burra e pseudo de Kathryn se firma como definitiva durante a película.

E tudo que falo é justamente pelos movimentos de câmera (ou falta deles) serem baseados em comerciais de loja feminina, onde com zoom de cá e de lá, faz tudo parecer “real”, o que uma mulher até que experiente como a diretora e tão favorita ao Oscar nunca deveria ter feito. E enche o saco, e sim, é o maior defeito de todos, o aumenta zoom e o afasta dá náuseas e não torna nada mais realista, e só deixa tudo mais frouxo e falso, como se fosse ensaiado e tentasse parecer o que não é.

E as tentativas errôneas de causar tensão por meio de algo que até a metade do filme, não dá pra entender (o objetivo dos soldados da Cia), que é desarmar bombas terroristas no próprio Iraque e manter o maior número de pessoas vivas. E nos momentos mais críticos a diretora nos poupa de trilhas sonoras e com seu zoom epilético aproxima aos poucos (como qualquer menino de 10 anos faz) a imagem do espectador, para causar uma espécie de clima tenso e deixar todos angustiados, mas conforme o zoom não chega nunca ou vai lentamente, e para, e continua, eu fico agoniado e perdido em meio ao que, de fato, a diretora quer fazer com sua decupagem e nunca consigo entender ou compartilhar do objetivo final.

E os momentos dramáticos não passam de forçosidades psicológicas, que já vimos serem muito mais bem retratados em qualquer filme de guerra por ai, e de formas menos clichês. Nem vou falar muito sobre, pois é isso, um psicológico forçado e no fim sem graça que não atinge nada em mim, mas que claro, pode atingir qualquer um que não exija muito.

E no fim, Guerra ao Terror não passa de mais um filme de guerra, que não chega nem a ser regular, por conter tantas irregularidades e que não traz nada de novo, a não ser dois momentos com uma super câmera-slow, e que não acrescenta em nada, na verdade, mas até que distrai do mundo de tédio e sem gracisse que é uma das, se não for a obra mais provável a ser a grande vencedora de um Oscar que já vem acabando a um tempo e que se firma como nada nesta edição, onde os filmes favoritos são este aqui falado e um Avatar que consegue ser ainda pior. Perdas de tempo.

2/5

de Igor Frederico

Melhor atriz cuadjuvante:Mo’Nique,por Preciosa



Melhor animação:Up – Altas aventuras



Melhor canção original:The weary kind” (Ryan Bingham), de “Crazy heart

Melhor trilha sonora original:Michael Giacchino, “Up – Altas aventuras”

Melhor atriz – musical ou comédia:Meryl Streep, “Julie & Julia”



Melhor roteiro:Jason Reitman, “Amor sem escalas”

Melhor filme estrangeiro:”A fita branca”

Melhor ator coadjuvante:Christoph Waltz, “Bastardos inglórios”



Melhor direção: James Cameron, “Avatar”

Melhor filme musical ou comédia: “Se beber não case”

Melhor atriz – drama: Sandra Bullock, “The blind side”



Melhor ator – musical ou comédia: Robert Downey Jr., “Sherlock Holmes”

Melhor ator – drama: Jeff Bridges, “Crazy heart”

Melhor filme drama: “Avatar”

É, precisa nem dizer que Avatar ganhar do melhor filme do Taranta não foi justo né?

de Igor Frederico