Poisé, pra quem achou que esse dia nunca mais chegaria, seu Paulo Martins tá ficando mais velho no dia de hoje e merece os comprimentos de todos aqui do blog..parabéns ai cara.

de Equipe

Embriagado de Amor

31/03/2010


Punch-Drunk Love,2002
– Direção: Paul Thomas Anderson – Adam Sandler, Emily Watson,Philip Seymour Hoffman

Por algumas vezes surreal, porém sempre normal e sincero, o filme de PTA é algo que fica muito mais fácil de se ver quando se é muito parecido com o personagem central, neste caso, um homem anti-social ao extremo e que tem uma centena de irmãs que te azucrinam e um monte de raiva guardada. Uma série de eventos intermináveis e cansativos tornam sua vida ainda mais complicada do que já é e tudo parece estar mais perdido do que já é, até que um romance surge em sua vida e o resultado vira a balança para o lado oposto e da reviravoltas minimalistas e fantásticas, sempre em tons azuis quando possível e com a “morneza” que é a câmera do diretor, este, um idealizador incrível e sempre muito bem instruído.

Buscando retratar não só a timidez, mas o ser “não-social” por completo, PTA segue seu personagem por onde ele vai, nunca temos uma perspectiva nova, ou melhor dizendo, raramente temos perspectivas que não sejam as do homem tímido e furioso. Ser chamado de “gay” pelas irmãs durante a ida toda e sempre ser tido como o mais esquisito da família ajuda um pouco a ter raiva dentro de si querendo muito sair. Você evitar de ir a festas de família por causa disso é muito compreensível, mas como disse lá no começo, compreensível pra quem é tímido, do contrário, qualquer um provavelmente acha que não ir a festas de família só pra nãos er chamado de gay e não ter que se esforçar para cumprimentar pessoas que você tem vergonha ou medo, é estupidez.

Mas quando se tem um amor, ou pelo se espera ter um romance, até os tímidos mudam, decidem ser outra pessoa, decidem fazer algo que realmente valha a pena, como ir até o Havaí, por exemplo. E o filme debate tantas coisas interiores e pessoais de cada um que o assista que é até perda de tempo tentar achar uma que se encaixe com qualquer pessoa, mas sei que eu sou a pessoa que se identificou e muito com o personagem principal, que acaba por ter uma provável vida, enfim, boa, quando se vê diante de alguém por que valha a pena lutar.

5/5

de Igor Frederico